Carlos Almeida
A minha passagem pela escola José Régio foi muito marcante em aspetos positivos, pois para além das aprendizagens que me fizeram crescer culturalmente e principalmente como pessoa, foi lá que fiz grandes amizades que ainda duram até hoje.
Lembro-me que eu e os meus colegas estávamos sempre desejosos que os intervalos chegassem para irmos jogar ao berlinde naquele retângulo de terra junto ao gradeamento, passávamos tempos e tempos a jogar… também íamos muitas vezes na hora de almoço para a biblioteca ver filmes, onde soltávamos gargalhadas tão altas que de 5 em 5 minutos tínhamos sempre a Dona Rita (funcionária da biblioteca na altura) ao pé de nós a ralhar connosco…
Outro episódio que nos aconteceu, que foi muito engraçado… Tínhamos por hábito colocar alcunhas em toda gente e alguns dos intervalos eram passados a tentar encontrar a alcunha perfeita para cada um… num dia, encontramos uma para um colega, “Lande” e levamos o intervalo a brincar lande prá qui lande para acolá, quando fomos para a aula de inglês, por azar nosso e da professora, o texto que íamos ler repetia várias vezes a palavra “Land”. Ora, a turma toda desata a rir de tal forma que era impossível parar… conclusão a professora não conseguiu dar a aula e nós levámos um raspanete do diretor de turma, mas esse raspanete valeu a pena, porque nunca me tinha rido tanto, mas tanto que cheguei ao ponto de chorar…
Estaria aqui horas a contar tudo, pois foram tantas coisas boas e engraçadas que aconteceram naquela época, que se o tempo voltasse atrás eu voltaria a fazer cada coisa da mesma maneira. Ainda há pouco tempo tive a felicidade de voltar a esta escola, e confesso que vieram me as lágrimas aos olhos pois a saudade desses tempos bateu forte…
Atualmente sou maestro em duas bandas onde sempre aplico muitos dos ensinamentos que obtive nesta escola. Uma dessas bandas é a da minha cidade onde tenho vários músicos que são alunos da Escola Básica José Régio.

2018
2019-03-31T14:49:53+00:00
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